– Por que, quando Hitler massacrou os judeus, a Europa, enquanto calava, manteve uma política de concordância disfarçada?Michael Stürmer - A Europa não tinha muita escolha e de fato houve silenciosa concordância e criminosa colaboração – junto a uma oposição e resistência muito séria. Por quê? Os nazistas sabiam combinar magistralmente sedução e violência. – Alguns autores afirmam que o fenômeno do nazismo não seria uma anomalia social ou uma patologia cultural, mas uma síntese do pensamento reacionário europeu. Qual é seu ponto de vista?Michael Stürmer - Sobre isto, dou duas respostas. Quem se prepara para a guerra de ontem, vencerá a de amanhã. Mas a radical combinação de esquerda-direita, impulsionada pela crise social e de recursos, pode retornar e já é observável em alguns lugares. Os humanos aprendem pouco. – Na Alemanha e no mundo atual, ainda há lugar para tal tipo de ditador político? As pessoas que vivem em pleno século XXI ainda apoiariam tal política? Michael Stürmer - Não. As tentações são sempre diferentes, sempre novas. O estado do bem-estar torna todos nós imaturos. A história é mais rica em suas variações do que em deixar-se influenciar por pura repetição. Hoje em dia, as tiranias chegam via Tecnologia de Informação, via estado do bem-estar, estado econômico etc. Como poderia você acreditar que o nível de moral ou de sabedoria seria hoje mais alto do que nos anos 1970, 1980? – Que razões explicam a maciça adesão da juventude à proposta de Hitler? Michael Stürmer - Juventude é embriaguez sem vinho. A capacidade de sedução é enorme. O desejo do parricídio também. – O senhor nota uma diferença entre a história considerada oficial e a história oral sobre o nazismo na Alemanha? Michael Stürmer - Isso são duas dimensões incomensuráveis: assim como História e histórias. – Após 75 anos desde a ascensão de Hitler ao poder, como os alemães lidam com o passado? Michael Stürmer - Sempre falar disso, jamais pensar nisso.quinta-feira, 30 de abril de 2009
Michael Stürmer
– Por que, quando Hitler massacrou os judeus, a Europa, enquanto calava, manteve uma política de concordância disfarçada?Michael Stürmer - A Europa não tinha muita escolha e de fato houve silenciosa concordância e criminosa colaboração – junto a uma oposição e resistência muito séria. Por quê? Os nazistas sabiam combinar magistralmente sedução e violência. – Alguns autores afirmam que o fenômeno do nazismo não seria uma anomalia social ou uma patologia cultural, mas uma síntese do pensamento reacionário europeu. Qual é seu ponto de vista?Michael Stürmer - Sobre isto, dou duas respostas. Quem se prepara para a guerra de ontem, vencerá a de amanhã. Mas a radical combinação de esquerda-direita, impulsionada pela crise social e de recursos, pode retornar e já é observável em alguns lugares. Os humanos aprendem pouco. – Na Alemanha e no mundo atual, ainda há lugar para tal tipo de ditador político? As pessoas que vivem em pleno século XXI ainda apoiariam tal política? Michael Stürmer - Não. As tentações são sempre diferentes, sempre novas. O estado do bem-estar torna todos nós imaturos. A história é mais rica em suas variações do que em deixar-se influenciar por pura repetição. Hoje em dia, as tiranias chegam via Tecnologia de Informação, via estado do bem-estar, estado econômico etc. Como poderia você acreditar que o nível de moral ou de sabedoria seria hoje mais alto do que nos anos 1970, 1980? – Que razões explicam a maciça adesão da juventude à proposta de Hitler? Michael Stürmer - Juventude é embriaguez sem vinho. A capacidade de sedução é enorme. O desejo do parricídio também. – O senhor nota uma diferença entre a história considerada oficial e a história oral sobre o nazismo na Alemanha? Michael Stürmer - Isso são duas dimensões incomensuráveis: assim como História e histórias. – Após 75 anos desde a ascensão de Hitler ao poder, como os alemães lidam com o passado? Michael Stürmer - Sempre falar disso, jamais pensar nisso.
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